Saca de café especial exposto em feira do setor em Franca, SP, chega a custar R$ 12 mil
09/04/2025
(Foto: Reprodução) Produto obteve nota 90,3 em competição nacional. Alta Café apresenta novidades tecnológicas e oportunidades de negócio para cafeicultores da região Alta Mogiana. Franca, SP, recebe 5ª edição da Alta Café, feira de produtores
Uso de novas tecnologias, boas técnicas de manejo e qualidade do café levaram a produção do empresário Jaider Alexandre da Silva a conquistar uma competição nacional de cafés especiais. As características do grão elevaram o preço da saca de 60 quilos, que chega a custar R$ 12 mil. O valor é cinco vezes maior do que o produto comum, em torno de R$ 2,3 mil.
“O café especial é pontuado são avaliados dez itens que somam de zero a dez pontos. Se o café conseguir acima de 80 pontos, ele já é um café especial e esse atingiu 90,30 pontos. Aí é avaliado sabor, corpo, fragrância, doçura, acidez”, afirma Silva.
A produção de Jaider está exposta na Alta Café 2025, que acontece até quinta-feira (10) em Franca (SP) e reúne oportunidades de negócio e novidades para a cadeia produtiva do café. Ao todo, 124 empresas expositores representam 200 marcas no evento.
“Inovação, invenção, lançamentos, tecnologia de ponta, agricultura de precisão e a inteligência artificial que agora vai fazer parte desse campo também”, diz o presidente da Alta Café, José Henrique Mendonça.
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Saca de café especial produzido na Alta Mogiana chega a custar R$ 12 mil
Lindomar Cailton/EPTV
Qualidade superior
Segundo Martha Grill, gestora da Alta Mogiana Specialty Coffees (ASMC), a produção de café da região da Alta Mogiana tem conquistado o mercado internacional.
“Toda essa mistura do nosso 'terroir' com as variedades e a tecnologia e inovação do produtor de café da Alta Mogiana chegam nesse café extremamente doce e limpo, que é como um bom abraço de mãe”, diz.
A qualidade do café pode ser conferida por consumidores já na embalagem, com rótulos que carregam o selo de indicação geográfica e um QR Code que dá acesso ao raio-x dos grãos.
“Quando eu encontro um pacotinho de café que tem um selo com QR Code de indicação geográfica, eu encontro ali toda a história, toda a rastreabilidade daquele café, e isso faz com que a gente valorize ainda mais esse produto tão especial”, diz Martha.
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Lindomar Cailton/EPTV
Novidades
Entre as novidades apresentadas ao setor para gerar economia e economizar tempo está um secador de grãos. O equipamento promete fazer em 24 horas o trabalho que hoje leva de duas a três semanas.
“O café cereja, em torno de 65% de umidade, nós baixamos para 12% em torno de 18 horas sem perder a qualidade do café , diz o gerente comercial Everton Haubert .
Outro destaque na feira é a inteligência artificial, recurso que se tornou uma realidade também no campo. Uma das novidades combina uma espécie de scanner em tempo real, que faz a seleção dos grãos e emite relatórios com imagens em alta definição e informações que auxiliam produtores e o consumidor final.
Isso aumenta a qualidade do café e aquele impacto no consumidor, que vai ter um café de qualidade melhor e muitas vezes até com preço mais competitivo”, afirma o diretor de tecnologia José Affonso do Reis Júnior.
Equipamento combina inteligência artificial para fazer leitura do grão de café
Lindomar Cailton/EPTV
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