Mais de 60 focos de incêndio estão ativos em MT e fogo avança em terras indígenas
18/09/2025
(Foto: Reprodução) Bombeiro militar combatendo incêndio no Panatanal
Corpo de Bombeiros MT
Mais de 60 focos de incêndio ativos foram contabilizados em Mato Grosso até essa quarta-feira (17) pelo Corpo de Bombeiros. Desse total, 46 são incêndios florestais e outros 20 estão relacionados a queimadas irregulares. As equipes seguem atuando em diversas regiões para conter os focos e evitar que o fogo se alastre.
Segundo os bombeiros, entre terça-feira (16) e quarta, 23 focos foram controlados e 15 incêndios florestais seguem em combate direto. Um dos principais focos, localizado em Poconé, na região da Estrada Velha de Cáceres, já foi extinto.
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As cidades com maior número de ocorrências são Pontes e Lacerda e Rondolândia, com seis focos ativos cada. Em seguida, estão Vila Bela da Santíssima Trindade, com quatro, e Porto Esperidião, com dois. Outros focos também são monitorados em Nova Ubiratã, Alto Paraguai, Figueirópolis D’Oeste, Comodoro, Novo Mundo e Guarantã do Norte.
Além disso, as equipes continuam no combate ao fogo em Santo Antônio do Leverger, Juína e Barra do Garças, onde há dois focos ativos em cada município. No Parque Estadual da Serra Azul e na Serra do Roncador, os incêndios foram controlados e estão sob monitoramento.
O combate conta com apoio de máquinas pesadas, caminhões-pipa, aeronaves e helicópteros, além da atuação integrada da Defesa Civil, Ciopaer, Grupo de Aviação Bombeiro Militar e Polícia Militar.
Fogo avança em áreas indígenas
Entre os focos de calor, quatro ocorrem em terras indígenas, onde o Estado não tem autorização para atuar diretamente. As ocorrências foram registradas nas Terras Indígenas Parque do Xingu em Paranatinga e Nova Ubiratã, Parabubure em Campinápolis e Marechal Rondon, também em Paranatinga. O Corpo de Bombeiros informou que ainda não foi acionado para essas áreas.
Conforme os bombeiros, os 20 focos relacionados a queimadas ilegais estão sendo fiscalizados por meio da Operação Infravermelho, que utiliza imagens de satélite para identificar áreas de risco e responsabilizar os responsáveis. A operação é coordenada a partir da Sala de Situação Central, no Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), em Cuiabá.
Período proibitivo do uso do fogo
O Corpo de Bombeiros reforça que o uso do fogo está proibido no estado durante o período crítico de seca. No Pantanal, a proibição vai de 1º de junho a 31 de dezembro. Na Amazônia e no Cerrado, a restrição vale de 1º de julho a 30 de novembro. Já nas áreas urbanas, o uso do fogo é proibido o ano inteiro.
Denúncias de queimadas ilegais ou incêndios florestais podem ser feitas pelos ao Corpo de Bombeiros e Polícia Militar.