Justiça mantém bloqueio de descontos em empréstimos consignados a servidores de MT

  • 23/12/2025
(Foto: Reprodução)
Justiça de Mato Grosso decidiu manter suspensos os descontos de empréstimos consignados na folha de pagamento de servidores estaduais Assessoria TJMT A Justiça de Mato Grosso decidiu manter suspensos os descontos de empréstimos consignados na folha de pagamento de servidores estaduais. A decisão foi tomada na última quinta-feira (18), mas só foi divulgada nessa segunda-feira (22), pelo Poder Judiciário. A medida vale enquanto são investigadas suspeitas de abusos e cobranças indevidas em contratos firmados por servidores ativos, aposentados e pensionistas do estado. A ação foi proposta pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e ainda está em análise. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp Segundo a Vara Especializada em Ações Coletivas de Cuiabá, há indícios de que servidores acreditavam estar contratando empréstimos consignados comuns, mas acabaram vinculados a modalidades mais caras, como cartão de crédito consignado ou cartão benefício. Esses tipos de contrato têm juros mais altos e não possuem prazo definido para quitação da dívida. De acordo com a decisão judicial, em muitos casos o dinheiro era depositado diretamente na conta do servidor, sem a entrega do cartão físico ou o envio de faturas mensais. Mesmo assim, os descontos continuavam sendo feitos em folha, pagando apenas os juros, o que fazia com que a dívida se prolongasse por tempo indeterminado. Para evitar novos prejuízos, o juiz determinou que os descontos e os repasses às empresas permaneçam bloqueados. Caso as cobranças sejam retomadas, os valores deverão ser depositados em uma conta judicial até que haja uma decisão final. O processo envolve um volume estimado em cerca de R$ 50 milhões. O magistrado destacou ainda que a medida tem caráter preventivo e serve para proteger os servidores enquanto o Judiciário analisa os contratos com mais profundidade. Até a última atualização desta reportagem, não houve avaliação individual dos contratos nem definição sobre devolução de valores ou punições às empresas envolvidas. Banco é alvo da PF Há um mês, o Banco Master, que foi liquidado pelo Banco Central e virou alvo da Polícia Federal por suspeita de fabricar carteiras de crédito falsas foi apontada como uma das instituições financeiras que forneciam crédito consignado de forma irregular aos servidores de Mato Grosso. O caso é investigado pelo Tribunal de Contas do estado (TCE-MT) Conforme denunciado pelo Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo (Sinpaig), o total descontado pelo Banco Master em crédito consignado aos servidores do estado, em 2025, chega a mais de R$ 37 milhões. Desde 2024, contudo, o banco passou a alavancar esse tipo de modalidade de crédito em diferentes estados e municípios do país. Em nota, a defesa do banco disse que as carteiras de créditos alvos da PF foram captadas junto a terceiros, prática comum no mercado financeiro. Destacou ainda que na documentação fora do padrão, o banco substituiu essas carteiras feitas por terceiros e fez a recompra do saldo. Essa liberação de crédito consignado faz parte do caso em que mais de 70% dos servidores estaduais ficaram superendividados com essa modalidade de empréstimo com até 15 instituições financeiras, o que entrou no radar do TCE-MT. LEIA MAIS FGC: entenda como funciona e quanto tempo pode demorar o pagamento Preso pela PF, dono do Master levava vida de (muito) luxo Empresa investigada por fraude em consignados processa presidente de sindicato por calúnia e difamação em MT Servidores estabilizados constitucionalmente enfrentam dificuldades para se aposentarem e TCE faz estudo 💰Medidas Em agosto, o TCE encontrou mais de 60 mil contratos com irregularidades na concessão do crédito consignado. Por isso, o tribunal encaminhou uma série de recomendações à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) que publicou decreto estabelecendo limites e condições para a oferta de crédito consignado na folha de pagamento dos servidores. Isso inclui civis, militares, ativos e inativos, e seus pensionistas no âmbito do governo estadual. Segundo o decreto, fica proibido o uso de dados do sistema de consignados para marketing e busca comercial, proíbe a contratação por telefone, venda casada e a utilização de cartão de crédito e cartão de benefício em consignados. A partir do decreto fica obrigatório a forma presencial para contratação de crédito por idosos, aposentados e pensionistas. O decreto ainda estabeleceu que apenas instituições com presença física no estado poderão operar. Isso inclui juros limitados ao teto do Conselho Nacional de Previdência Social (INSS), que atualmente está em 1,85%. Além disso, a margem para o consignado passa a ser única e limitada a 35%, com parcelas reduzidas a no máximo 96, com carência máxima de 60 dias e número de empréstimos limitados em até cinco por servidor. Veja como funcionava o esquema de carteiras de crédito falsas do Banco Master

FONTE: https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2025/12/23/justica-mantem-bloqueio-de-descontos-em-emprestimos-consignados-a-servidores-de-mt.ghtml


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