Casos de HIV e Aids têm queda em 2025 no noroeste paulista; médica diz que prevenção pode ser principal fator

  • 09/12/2025
(Foto: Reprodução)
Camisinha ainda é um dos métodos mais eficazes para combater o vírus transmissor da Aids g1 MA/Arquivo Dados da Secretaria Estadual de Saúde mostram uma queda nos casos de infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), bem como de Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Aids), o estágio mais avançado da infecção por HIV, no noroeste paulista, em comparação ao ano passado. 🦠 O levantamento foi solicitado e enviado ao g1 no dia 3 de dezembro, mês em que se faz o alerta para a luta contra a Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), chamando a atenção para a prevenção e assistência de pacientes infectados. 📲 Participe do canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp Na região de Araçatuba (SP), os registros de HIV passaram de 127 notificações em 2024 para 86 neste ano, enquanto os casos de Aids diminuíram de 89 para 37. Já na região de São José do Rio Preto (SP), os números também apresentam redução: os casos de HIV caíram de 255 para 207, e as notificações de Aids passaram de 166 para 124 no mesmo período. Comparativo geral por ano (2024 → 2025) O movimento indica uma tendência de recuo das duas infecções nas duas regiões, com destaque para Araçatuba, que apresentou a maior queda proporcional, especialmente no número de casos de Aids. Veja acima. Ao g1, a médica infectologista Renata Zorgetti Manganaro, de 32 anos, formada pela Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp), explicou que nem todo paciente com HIV desenvolve a Aids, a depender do tratamento. A queda nos casos de HIV e Aids coincide com a ampliação do acesso à Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e à Profilaxia Pós-Exposição (PEP). Conforme Renata, a atenção primária à saúde, momento em que é oferecida a prevenção às ISTs, pode justificar a diminuição nos casos. Entenda mais sobre a PrEP e a PEP abaixo. "Quem inicia o tratamento precocemente, usa regularmente e alcança carga viral indetectável tem expectativa de vida praticamente normal, com possibilidade de trabalhar, estudar, ter filhos e vida sexual segura", detalha a médica. Médica infectologista Renata Zorgetti Manganaro é formada pela Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp) Reprodução/Instagram No entanto, a médica diz que ainda é comum o diagnóstico ser feito apenas quando a pessoa já está com sintomas de Aids, o que ocorre devido à baixa percepção de risco, falta de testagem rotineira e estigmas em procurar um serviço de saúde. "Toda pessoa sexualmente ativa deve testar periodicamente, mesmo sem sintomas. Mas sinais que levantam alerta incluem: perda de peso involuntária, febre prolongada, sudorese noturna, diarreia persistente, candidíase oral recorrente e etc.", pontua a médica. 💊 Uso da Profilaxia Pós-Exposição ao HIV Camisinha é usada na prevenção contra ISTs Caroline Aleixo/g1/Arquivo Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam que 4.213 pessoas receberam PEP ao HIV em São José do Rio Preto, contra 1.453 em Araçatuba, desde 2018 até o dia 30 de outubro deste ano. A maior parte das dispensações está relacionada à exposição sexual. Em 2025, em Rio Preto, por exemplo, 73% dos atendimentos foram motivados por contato sexual consentido, enquanto 23% ocorreram por exposição a material biológico e 4% tiveram como causa violência sexual. Já em Araçatuba, 60% dos atendimentos neste ano foram motivados por contato sexual consentido, enquanto 38% ocorreram por exposição a material biológico e 2% tiveram como causa violência sexual. Homem vive mais de seis anos sem sinais do HIV após transplante de células-tronco O perfil dos usuários da PEP revela ainda que jovens e adultos entre 25 e 39 anos representam mais da metade (52,5% em Rio Preto e 53,1% em Araçatuba) das dispensações. Em Rio Preto, homens gays correspondem a 36% do público, seguido por mulheres cis (34,4%) e homens heterossexuais (25,5%). Em Araçatuba, o grupo é liderado por mulheres cis (39,9%), seguidas de homens heterossexuais (31,5%) e de homens gays (24,7%). Conforme reforça o Ministério da Saúde, a PEP é considerada uma urgência médica e deve ser iniciada o mais rápido possível, preferencialmente nas primeiras duas horas após a exposição, e em até 72 horas. 🩺 Uso da Profilaxia Pré-Exposição ao HIV Dados do Ministério da Saúde mostram que, atualmente, 755 pessoas fazem uso de PrEP em São José do Rio Preto e 149 em Araçatuba. Em Rio Preto, 1.067 receberam ao menos uma dispensação do medicamento nos últimos 12 meses, contra 191 em Araçatuba. Desde 2018, quando a profilaxia passou a ser disponibilizada, 1.716 pessoas iniciaram o tratamento em Rio Preto e 267 iniciaram em Araçatuba, segundo o painel oficial de monitoramento da pasta. O levantamento indica que o serviço é feito majoritariamente pela rede pública de saúde: 89% dos atendimentos registrados neste ano ocorreram em instituições de saúde pública em Rio Preto e 97% em Araçatuba. Apesar do número expressivo de usuários ativos, o painel mostra também que 312 pessoas estão com o tratamento descontinuado em Rio Preto e 267 em Araçatuba, o que reforça a necessidade de acompanhamento regular e retorno às unidades de saúde para garantir a continuidade da proteção. Atualmente, Rio Preto conta com duas e Araçatuba apenas uma unidade dispensadora de PrEP. O tratamento é indicado para pessoas com maior risco de exposição ao HIV e deve ser usado diariamente. Quando tomada corretamente, reduz em mais de 90% o risco de infecção pelo vírus. Veja mais notícias da região no g1 Rio Preto e Araçatuba VÍDEOS: confira as reportagens da TV TEM

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2025/12/09/casos-de-hiv-e-aids-tem-queda-em-2025-no-noroeste-paulista.ghtml


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