Após derrota em MP, líder do governo teme 'irracionalidade' por 2026, mas diz que Fazenda 'tem ferramentas'

  • 09/10/2025
Lula diz que é 'pobreza de espírito' misturar votação de MP com questões eleitorais Após a derrota do governo imposta pela Câmara na medida provisória que compensaria o aumento do IOF, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), diz ver uma "irracionalidade" na decisão e afirma que o país "vive um momento pré-eleitoral antes da hora." "Acho que bateu uma agonia do lado de lá [da oposição]", disse. "Daqui pra frente, tudo que vier é conta eleitoral." Ao longo do dia, governistas identificaram que o Centrão iria votar contra a medida provisória por entenderem que isso traria um capital político ao presidente Lula. O entendimento é que o Congresso já tinha dado uma vitória ao Planalto após a aprovação do projeto de isenção do imposto de renda, na semana passada. Por isso, partidos como o PP e o União fecharam questão contra a MP e o PSD orientou contra a proposta. A medida poderia render um alívio fiscal de mais de R$ 30 bilhões para o governo no ano que vem, mas Jaques Wagner afirma que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá ferramentas para compensar essa perda. Segundo ele, contudo, as possíveis escolhas ainda não foram submetidas ao presidente Lula. "Ferramenta, a Fazenda tem várias", disse. O líder afirma, ainda, que alguns senadores levantaram a possibilidade de incluir pontos da MP no projeto de isenção do imposto de renda, que agora tramita no Senado. A avaliação, contudo, é que isso poderia agravar uma "guerra" com a Câmara dos Deputados, além de dificultar a aprovação de um projeto popular para o governo. O relator da matéria, Renan Calheiros (MDB-AL), disse que ainda não estudou a possibilidade. Wagner não descartou a possibilidade da edição de um decreto presidencial. "Se vai ser decreto ou não, cenas dos próximos capítulos." Mas o líder do governo avalia que não há espaço para a judicialização da derrubada da medida provisória, como o governo fez anteriormente com a derrubada do decreto do IOF. "Não pode judicializar a caducidade de uma MP, é um direito do Congresso deixar caducar ou até rejeitar. O governo vai ter que construir alternativas", disse. Além disso, Wagner defende que a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 só deve acontecer após a solução para a previsão orçamentária que estava na medida provisória. No mesmo dia, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), disse que o aumento do IOF pode ser uma alternativa à derrubada da MP. "Ainda não conversei com Haddad. Se a MP é rejeitada ou caducada, é natural que [aumento] do IOF volte como alternativa. Temos que fechar uma conta. Tem uma conta, do governo passado, uma PEC que aumenta as despesas do Fundeb. A Câmara tem que dizer, junto com o Congresso, quais são as alternativas", disse.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/blog/valdo-cruz/post/2025/10/08/apos-derrota-em-mp-lider-do-governo-teme-irracionalidade-por-2026-mas-diz-que-fazenda-tem-ferramentas.ghtml


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