Isenção do IR: quanto posso ganhar a mais? Já vale para 2026? Veja perguntas e respostas

  • 02/10/2025
(Foto: Reprodução)
Isenção do IR: calculadora mostra quanto você deixará de pagar A Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (1º), um projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas que recebem até R$ 5 mil por mês. O texto também prevê um desconto progressivamente menor para quem ganha até R$ 7.350 mensais. O projeto, aprovado com unanimidade, ainda precisa ser analisado pelo Senado Federal e, em seguida, ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor. Ao final desta reportagem, você poderá conferir quanto deixará de pagar, caso a proposta seja aprovada. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja abaixo as principais perguntas e respostas. O que está previsto no projeto? Quem será impactado? Quando essa isenção passa a valer? Já impacta a declaração de 2026? Quanto os trabalhadores vão economizar por ano? A isenção vale para quem tem um salário líquido ou bruto de R$ 5 mil? Quem tem mais de uma fonte de renda pode ser beneficiado? Quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350 vai pagar menos imposto? Como o governo vai compensar essa perda de arrecadação? Os mais ricos vão realmente pagar mais imposto? Haverá alguma mudança no processo de declaração do IRPF? Sou CLT e ganho R$ 55 mil por mês. Vou ser mais taxado? Saiba quanto você deixará de pagar com a nova isenção 1. O que está previsto no projeto? O projeto, aprovado na última quarta-feira (1º) por unanimidade na Câmara dos Deputados, amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês e estabelece descontos para rendas de até R$ 7.350 mensais. Para compensar a perda de arrecadação, a proposta prevê a tributação da alta renda — quem ganha acima de R$ 600 mil por ano — com uma alíquota progressiva de até 10%. (Entenda mais abaixo) O texto aprovado também isentou da alíquota mínima do IRPF pagamentos, créditos, entregas ou remessas de lucros, ou dividendos, de: governos estrangeiros, desde que haja reciprocidade de tratamento em relação aos rendimentos auferidos em seus países pelo governo brasileiro; fundos soberanos; entidades no exterior que tenham como principal atividade a administração de benefícios previdenciários, tais como aposentadorias e pensões, conforme definidas em regulamento. Além disso, a proposta também trata sobre a compensação de estados e municípios, oferece alívio tributário para profissionais que atuam em cartórios — como notários e registradores —, e cria um mecanismo de compensação sobre lucros e dividendos. Vale lembrar que o texto ainda precisa ser analisado pelo Senado Federal e ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor. Volte ao início. 2. Quem será impactado? Segundo o economista Bruno Carazza, doutor direito econômico pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e comentarista do Jornal da Globo, cerca de 15 milhões de contribuintes serão beneficiados com a nova medida — seja deixando de pagar ou recolhendo menos imposto. Carazza destaca também que um grupo estimado entre 140 mil e 150 mil pessoas — aquelas que recebem mais de R$ 50 mil por mês, ou R$ 600 mil por ano — passará a arcar com parte do custo da medida. Carazza destaca também que um grupo estimado entre 140 mil e 150 mil pessoas — aquelas que recebem mais de R$ 50 mil por mês, ou R$ 600 mil por ano — passará a arcar com parte do custo da medida. Volte ao início. 3. Quando essa isenção passa a valer? Já impacta a declaração de 2026? Apesar de o texto ter sido aprovado com unanimidade na Câmara dos Deputados, a proposta ainda precisa passar pelo Senado e ser sancionado pelo presidente Lula para entrar em vigor. A expectativa do governo é que, caso o texto seja aprovado pelo Congresso Nacional ainda neste ano, a medida passe a valer já a partir de janeiro de 2026 — ou seja, deve impactar a declaração do Imposto de Renda feita em 2027. Volte ao início. 4. Quanto os trabalhadores vão economizar por ano? Como o g1 já mostrou, a nova isenção deve gerar ganhos mensais para os contribuintes que se encaixem nas novas regras. A expectativa é que os trabalhadores que recebem R$ 5 mil por mês (R$ 60 mil por ano) tenham ganhos de R$ 312,89 na renda mensal — valor que vai reduzindo gradativamente conforme a renda cresce. Veja a simulação por faixa salarial mais abaixo. Volte ao início. 5. A isenção vale para quem tem um salário líquido ou bruto de R$ 5 mil? A isenção vale para quem tem rendimentos mensais brutos de até R$ 5 mil. Volte ao início. 6. Quem tem mais de uma fonte de renda pode ser beneficiado? Sim, desde que a soma dos rendimentos tributáveis não ultrapasse os R$ 5 mil mensais. Volte ao início. 7. Quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350 vai pagar menos imposto? Sim. O texto aprovado na Câmara dos Deputados também estabelece um desconto progressivamente menor para quem ganha até R$ 7.350 por mês. Pela nova regra, são beneficiados por esse desconto os contribuintes com rendas a partir de R$ 5.001. Assim, quem recebe R$ 7 mil por mês, por exemplo, deverá ter ganhos de R$ 46,61 mensais e de R$ 605,87 no ano, considerando o décimo terceiro salário. Já os contribuintes que recebem acima dessa faixa não serão impactados pelas mudanças, pois a tabela progressiva do Imposto de Renda não foi alterada. Nada muda também para quem ganha até R$ 3.036 — parcela já isenta pela tabela em vigor. Veja abaixo uma tabela de simulações feita por Welinton Mota, da Confirp Contabilidade: Imposto de Renda: veja quanto você pode deixar de pagar se recebe até R$ 7.350 Arte/g1 Volte ao início. 8. Como o governo vai compensar essa perda de arrecadação? Segundo dados do governo federal, a expectativa é que a isenção do imposto de renda custe R$ 25,8 bilhões aos cofres públicos em 2026. Para compensar a perda de arrecadação, a Câmara manteve a proposta do governo de aplicar uma alíquota progressiva de até 10% sobre rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil. ENTENDA: cobrança mínima para alta renda começa em R$ 0,10 com nova regra A nova tributação recai sobre lucros e dividendos, que hoje são isentos do Imposto de Renda. Já quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%. O relator do projeto, deputado Arthur Lira (PP-AL), também acrescentou um dispositivo que destina parte do dinheiro de arrecadação a estados e municípios. 🔎 De acordo com parecer, mesmo com a ampliação da faixa de desconto parcial, haverá uma sobra de R$ 12,7 bilhões até 2027. Esse dinheiro será usado para compensar a redução da alíquota da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), instituída pela Reforma Tributária. Volte ao início. 9. Os mais ricos vão realmente pagar mais imposto? Sim. A expectativa é que pessoas físicas com renda anual superior a R$ 600 mil — o equivalente a mais de R$ 50 mil por mês — estarão sujeitas a uma tributação mínima de até 10%, aplicada apenas sobre o valor que exceder esse limite. Dessa forma, quem recebe um pouco acima do limite pagará uma alíquota reduzida, e o valor do imposto aumentará de forma gradual conforme a renda cresce. Veja alguns exemplos: Quem ganha R$ 600.001,00 paga cerca de R$ 0,10, com alíquota de 0,000017%; Uma renda um pouco maior, de R$ 600.010,00 ao ano, passa a ter alíquota de 0,000167%, gerando imposto de R$ 1,00; Quem recebe R$ 601 mil por ano terá alíquota de 0,0167%, equivalente a R$ 100,17 de imposto; Com R$ 602 mil anuais, a alíquota sobe para 0,0333%, resultando em R$ 200,67 de imposto mínimo; Para uma renda de R$ 605 mil, a alíquota mínima é de 0,0833%, correspondendo a R$ 504,17 de imposto; Quem recebe R$ 610 mil por ano terá alíquota de 0,1667%, com imposto mínimo de R$ 1.016,67; Com R$ 615 mil anuais, a alíquota chega a 0,25%, e o imposto mínimo será de R$ 1.537,50. Como o g1 já mostrou, a proposta busca corrigir uma distorção comum entre os contribuintes de maior renda: muitos declaram um pró-labore baixo, sujeito a poucos impostos, enquanto a maior parte dos ganhos vem da distribuição de lucros, que atualmente isenta. Volte ao início. 10. Haverá alguma mudança no processo de declaração do IRPF? Ainda não houve uma definição sobre alguma eventual mudança no processo de declaração do Imposto de Renda para pessoas físicas que entrem na nova faixa de isenção. A expectativa é que eventuais novas regras devem ser detalhadas pela Receita Federal após a sanção da lei. Volte ao início. 11. Sou CLT e ganho R$ 55 mil por mês. Vou ser mais taxado? Não. Quem tem vínculo CLT já tem imposto retido na fonte, sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%. Nada muda. A nova regra não afeta salários, honorários, aluguéis ou outras rendas que já sejam tributadas na fonte. Volte ao início. 12. Saiba quanto você deixará de pagar com a nova isenção O g1 elaborou, com o apoio da Confirp Contabilidade, uma calculadora que mostra quanto você vai deixar de pagar de IR a partir de janeiro 2026, caso o projeto seja aprovado pelo Senado e sancionado pelo presidente Lula. 🔎 A calculadora indica a redução do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 7.350 mensais, mas não considera a sobretaxa aplicada a quem recebe acima de R$ 50 mil por mês. Faça a simulação abaixo: ENTENDA: veja mais detalhes sobre a calculadora do g1 e outras simulações Volte ao início. Notas, moeda, Real, dinheiro, notas de dinheiro Reprodução/Pixabay

FONTE: https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/10/02/isencao-do-ir-perguntas-e-respostas.ghtml


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